O promontório da
Nazaré, sobre o qual se ergue o forte de São Miguel Arcanjo cuja origem remonta
a finais do século XVI, é um dos mais interessantes miradouros naturais da
costa portuguesa. Ele separa duas áreas oceanográficas bem distintas: a Praia
do Norte e a praia da Nazaré.
Para norte, na
Praia do Norte, há as ondas gigantes formadas no Canhão da Nazaré, um
desfiladeiro submarino profundo que contrasta com a plataforma continental
adjacente, que nos últimos anos se tornaram um ponto de encontro obrigatório
para os surfistas das ondas gigantes de todo o mundo. Essas ondas tornaram-se a
imagem de marca da Nazaré.
Para sul, na
Praia da Nazaré, há uma extensa baía ao longo da qual se estende a vila da
Nazaré, orlada por um areal onde as ondas se desfazem com um ímpeto bem
diferente do que se passa do outro lado do promontório. Visto do alto do Sítio
da Nazaré, o mar azul rebenta sobre o areal e oferece um espectáculo de cor
argêntea, a justificar o nome de “costa de prata” que certos locais da costa
adoptam para fins promocionais.
Se as ondas gigantes são a nova imagem de marca
da Nazaré, nem por isso as bem mais suaves ondas de prata da Praia da Nazaré
perderam o seu fascínio, como a fotografia documenta.
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