O Metropolitano
de Lisboa apresentou um plano de
acção operacional para a sua rede, anunciando que esta vai ter mais
duas estações – Estrela e Santos – a inaugurar até 2022. A nova linha ligará o
Rato ao Cais do Sodré e o custo desta obra é de 216
milhões de euros, com recurso a fundos comunitários e a um empréstimo a
contrair junto do Banco Europeu de Investimento. O plano prevê, também, a
aquisição de 33 novas carruagens, num investimento estimado de 50 milhões de
euros, bem como a remodelação das estações de Arroios, Areeiro, Colégio Militar,
Olivais e Baixa-Chiado com um investimento estimado em 16,2 milhões de euros e o
prolongamento da Linha Vermelha com duas novas estações nas Amoreiras e em
Campo de Ourique, que custará 186 milhões de euros e que terá que esperar por
nova oportunidade. Este plano representa um esforço de investimento e uma
valorização para a cidade de Lisboa mas, como qualquer plano, pode e deve ser
criticado para que sejam escolhidas as melhores alternativas.
Porém, o anúncio
de duas novas estações do Metropolitano serviu de pretexto para um dos mais
ridículos exercícios de demagogia, quase ao nível do insulto à inteligência dos
portugueses. A ambiciosa jovem que dirige o Centro Democrático e Social, que
em tempos e sem qualquer formação específica aceitou dirigir o Ministério da
Agricultura onde ficou conhecida como
agro-Cristas, quis dar nas vistas e, num acto de ignorância ou de inteligência
muito limitada, decidiu divertir a Assembleia da República e criticar um plano
que prevê duas novas estações do Metropolitano, propondo não duas, mas 20 novas estações. Vinte! Nem
mais nem menos. Os deputados-cassete do seu partido aplaudiram. Poucas vezes
assisti a tanta falta de senso na vida política portuguesa. A agro-Cristas vai
ficar na nossa memória como a Cristas-vinte-estações. Bem merece essa designação.
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