A Coreia do Norte
testou com sucesso uma bomba de hidrogénio desenvolvida para ser instalada num
míssil balístico intercontinental. O anúncio foi feito pela televisão estatal
norte-coreana mas, algumas horas antes, os sismógrafos japoneses e sul-coreanos
já tinham detectado uma explosão de grande magnitude que provocou um sismo
artificial. Julga-se ter sido o sexto teste nuclear norte-coreano e foi o mais
potente de quantos já tinham sido realizados, o último dos quais em Setembro de
2016.
Com este teste, o
regime de Kim Jong-un elevou o seu nível de ameaça e, um pouco por todo o
mundo, os alarmes dispararam. Diversos países e organizações condenaram este
teste nuclear com uma bomba de tão elevada potência que viola várias resoluções
da ONU, ao mesmo tempo que exigem o fim dos programas balísticos e nucleares
norte-coreanos.
A imprensa
internacional destaca hoje esta notícia que está a causar justificado alarme em
todo o mundo e o Libération utiliza a expressão “une bombe a retardement”,
insinuando que o conflito tende a agudizar-se.
De facto, a corda
já está demasiado esticada e todas as linhas vermelhas foram ultrapassadas. O
regime de Kim Jong-un sabe que o confronto bélico significará a destruição do seu
país e uma catástrofe para o povo norte-coreano, mas os Estados Unidos, o Japão
e a Coreia do Sul sabem que não ficarão à margem de pesadas perdas e de avultados
custos. O mundo sabe que a situação pode gerar uma crise mundial nunca vista
antes ou uma catástrofe global. A China é a charneira entre as duas partes deste conflito, mas tem-se
mantido afastada desta crise. Sabe-se lá porquê. O que se sabe é que o clima de
confrontação se acentua todos os dias e o mundo está alarmado.
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