Num país de
forte emigração como é Portugal, há os emigrantes que regressam em definitivo e
há aqueles que regressam para passar férias e para matar saudades.
Como expressão de
gratidão à terra que os acolheu ou como exibição de um sucesso que a emigração proporcionou, muitos desses emigrantes criaram o hábito, que já tem o estatuto de
tradição, de hastear a bandeira do país de acolhimento ao lado da bandeira
nacional.
Assim, não é
raro, sobretudo no Verão, encontrarmos algumas casas nas aldeias portuguesas em
que são visíveis as bandeiras de alguns dos países de acolhimento, como por
exemplo da França e da Alemanha.
Porém, esta
prática tem uma singular expressão nos Açores. Os Açores são historicamente uma
terra de emigrantes e nas suas nove ilhas proliferam os sinais que nos recordam
essa realidade e são muito frequentes as bandeiras de Portugal e da Região
Autónoma, muitas vezes acompanhadas pelas bandeiras dos Estados Unidos da
América e do Canadá. Ontem, na ilha do Pico, fui confrontado com uma expressão
de amizade luso-canadiana que me era desconhecida: uma bandeira-homenagem em
que o escudo português se sobrepõe à folha do plátano-bastardo (Acer pseudoplatanus) que é a árvore
nacional do Canadá. A curiosa bandeira flutuava ao vento junto da bandeira da
Região Autónoma dos Açores e tratei de a registar próximo da vila da Madalena
do Pico.
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