A última edição
da revista Newsweek destaca as recentes decisões de Donald Trump em
relação ao Daesh e à Síria, que mostram a sua vontade de trazer de volta para
casa os soldados americanos que, segundo a revista, estão actualmente
envolvidos em conflitos em sete países.
Aconteceu que,
ignorando os pareceres dos comandos militares e dos seus assessores, o Donald
se decidiu recentemente pela retirada dos dois mil soldados americanos que se
encontram na Síria, o que deixa os seus aliados curdos à mercê dos turcos, mas
também já anunciou a redução significativa das tropas americanas que se
encontram no Afeganistão. Essa decisão, foi acompanhada por uma declaração do
Donald, que afirmou que “American forces will come home under a banner of
victory”, mas muitos observadores afirmam tratar-se uma ilusão que se possa
cantar vitória sobre o Daesh, sobre os talibans afegãos ou sobre outras forças adversárias que lutam no Médio Oriente. O que o Donald está
a fazer, sem medir as consequências ao nível do descrédito da sua política
externa, é uma tentativa para aumentar a sua popularidade ao alinhar na
crescente crítica interna às guerras “que nunca mais acabam”, que desgastam as
tropas e que custam muito dinheiro. Porém, o Donald acrescenta-lhe um toque
pessoal e, embora não tenha nenhuma evidência clara quanto a uma vitória
americana, nem de uma derrota dos seus inimigos, promove o regresso dos
soldados e trata de “vender” internamente aos cidadãos americanos a ideia de
uma vitória militar.
Porém, nem os
americanos acreditam que o ISIS ou Daesh, a Al-Qaeda, os Mujahideen, os Talibã
ou a Frente al-Nusra, estejam derrotados.
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