De acordo com o
que tem sido divulgado pela comunicação social, o cidadão José Berardo, que por
vezes é conhecido pelo pseudónimo de Comendador Berardo, tem uma dívida da ordem dos 980
milhões de euros ao BCP, ao Novo Banco e à Caixa Geral de Depósitos. Estes bancos decidiram, conjuntamente,
avançar com um processo judicial para tentar a cobrança desses créditos que,
aparentemente, foram concedidos sem garantias e para a realização de operações
especulativas.
Bem sabemos como
nos últimos anos proliferaram em Portugal muitos indivíduos gananciosos que se
disfarçaram de banqueiros e de empresários, muitas vezes exibindo o seu novo-riquismo de uma forma
verdadeiramente ridícula mas, na realidade, a maioria dessa gente não era mais
do que uma corja de aventureiros ambiciosos e sem escrúpulos. Sempre duvidei
dessa gentalha e sempre tive presente os ensinamentos dos meus Pais que, há
muitos, muitos anos, me diziam que “quem cabritos vende e cabras não tem, de
algum lado lhe vêm”.
Acontece que, de vez em quando,
a opinião pública se agita com mais um caso e assim aconteceu agora com o JB, pela
dimensão da sua dívida e pela gravidade dos seus contornos, em que há fortes
indícios de práticas desonestas ou mesmo criminosas daqueles que estiveram
envolvidos nessas operações. Vai daí, a Assembleia da República, que não ouviu a
canalha que roubou o BPN, quis agora ouvir o cidadão JB,
que esteve ontem na Assembleia da República para prestar declarações relativas
aos créditos de vários milhões de euros, cerca de 321 milhões segundo se diz,
que lhe foram concedidos pela Caixa Geral de Depósitos. A audição durou cinco longas horas e foi de uma
enorme gravidade, com a personagem a exibir uma
arrogância insuportável, um sorriso boçal e a declarar que “pessoalmente não tenho dívidas”, pois os créditos foram concedidos à Fundação
que tem o seu nome e à empresa Metalgest. Com um sorriso hipócrita e imbecil, insistiu que “não tem nada”: nem a
herdade e os vinhos da Bacalhôa, nem as obras de arte da Colecção Berardo. Está
tudo penhorado ou está em nome de outras entidades. JB não passa de um vulgar burlão que se riu daqueles que vão pagar
tudo isto, ou seja, dos contribuintes, mas também dos deputados que o ouviram e do próprio sistema judicial que tolera estas falcatruas. Este comendador-parasita é uma vergonha para todos nós!
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