terça-feira, 14 de abril de 2020

Nova Iorque: há uma luz ao fundo do túnel

Segundo os últimos números que são conhecidos sobre o covid-19, os Estados Unidos registam os máximos mundiais, quer no número de infectados (587.337), quer no número de óbitos (23.649), estando o centro da pandemia centrado no estado de Nova Iorque, onde só a cidade de Nova Iorque regista 104.410 casos registados e, pelo menos, 6.898 óbitos.
No estado de Nova Iorque há quase dez vezes mais casos de infecção por covid-19 do que na Califórnia, que é o estado mais populoso dos Estados Unidos. Feita a comparação do número de infectados por cem mil habitantes, verifica-se que Nova Iorque regista 800 enquanto a Califórnia regista pouco mais de 50, o mesmo acontecendo com o número de óbitos cuja relação é de um para 16. A explicação deste diferencial está na forma como os dois estados tomaram ou não tomaram medidas de prevenção, porque se a Califórnia tomou as medidas aconselhadas como o confinamento e o distanciamento social, em Nova Iorque demorou-se demasiado tempo a perceber a gravidade da situação.
Porém, ontem ouviu-se Andrew Cuomo, o governador do estado de Nova Iorque, a considerar que, apesar da pandemia do covid-19 já ter ultrapassado a barreira dos dez mil óbitos no seu estado, o pior já tinha passado pois, pela primeira vez numa semana, o número de óbitos baixou para níveis inferiores a 700. Trata-se, naturalmente, de um anúncio muito encorajador, até porque na Europa também se começam a observar sinais de regressão ou de desaceleração do número de novos infectados e de óbitos, ao mesmo tempo que se anunciam algumas medidas para a retoma da actividade económica.  Que seja a luz ao fundo do túnel porque todos ansiamos.

1 comentário:

  1. É preciso é que não se confunda o desejo (compreende-se que colectivo) com a realidade, sob pena de andarmos rapidamente para trás.

    ResponderEliminar