Depois de algumas
semanas em que o tema foi amplamente discutido, a Alemanha cedeu às pressões da
Ucrânia e da NATO, tendo decidido enviar 14 dos seus blindados Leopard 2A4 para as forças ucranianas,
ao mesmo tempo que autorizou que os diferentes países que possuem aquela arma a
possam reexportar para a Ucrânia, havendo informações de que vários países, a
começar pela Polónia, vão ceder uma parte da sua frota para a defesa da Ucrânia.
O jornal El Correo que se publica na Biscaia, destaca na sua edição de
hoje um carro de combate Leopard 2A4.
Poucas horas
depois, o presidente Joe Biden informou que os Estados Unidos iriam fornecer 31
blindados M1 Abrams, enquanto o Reino
Unido já anunciara o fornecimento de 12 tanques Challenger 2. Tal como tem acontecido com os mísseis, também a
indústria alemã do armamento agradece esta súbita procura dos seus produtos,
que muito anima os seus negócios.
É a escalada e a
escalada é muito perigosa! A seguir aos tanques, pedirão aviões e mísseis de longo alcance e, depois, exigirão homens. Jens Stoltenberg, o secretário-geral da NATO, já se
comporta como o líder de uma das partes da guerra e, tal como Zelensky, exige que os
países da NATO se envolvam ainda mais no conflito. Do lado russo já
são várias as declarações feitas por responsáveis do círculo de Putin, de que
os Abrams e os Leopard "serão destruídos". Com tantos tanques, a Ucrânia irá
procurar expulsar os russos do seu território, enquanto os russos procurarão
aguentar as suas posições.
O crescente
empenhamento de meios militares no terreno vem confirmar a teoria do
neokeynesianismo militar e o paradigma de Paul Samuelson – canhões ou manteiga.
Lamentavelmente poucos parecem defender o povo ucraniano que sofre e morre por
causas a que é alheio. Afinal quem quer o fim da guerra? Prevalece a ideia de que a paz não é possível por agora.
Ambos os contendores afirmam que vão ganhar, mas todos perdemos com esta guerra.
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