Perfazem-se hoje
seis meses sobre a data em que o Hamas provocou Israel, invadindo um festival
de música e várias localidades israelitas próximas da fronteira com a Faixa de
Gaza, massacrando 1.200 pessoas por vezes de forma cruel e sádica e fazendo 253
reféns. Israel respondeu ao ataque com uma acção militar, tendo invadido a
Faixa de Gaza e prometendo acabar com o Hamas. Ninguém esperava outra coisa e
Israel usou o seu direito de se defender. As operações militares visaram todos
os tipos de estruturas, incluindo escolas e hospitais, com a justificação que
serviam de arsenais, de esconderijos ou de escudos humanos para a gente do
Hamas. Tem sido umaacção desproporcionada e contrária a todas as leis da guerra. Grande parte do território foi destruído até aos escombros, levando
milhares de pessoas a fugir para o sul da Faixa de Gaza. Na cidade de Rafah,
junto à fronteira egípcia, encontram-se agora mais de um milhão de refugiados,
o que representa seis vezes mais do que a sua anterior população.
Segundo as
autoridades palestinianas, a guerra causou até agora 33.175 mortos, incluindo
12.300 crianças e 75.000 feridos. As condições de vida em Rafah e no resto de
Gaza são extremamente difíceis, pairando a ameaça de fome e de epidemias, pois
faltam alimentos e os hospitais foram destruidos. Fala-se muito em genocídio do
povo palestiniano e é cada vez maior a pressão internacional sobre Israel.
Depois de muitos meses de indiferença pelo massacre que estava a acontecer, Joe
Biden instou Benjamin Netanyahu para implementar um cessar-fogo imediato, sob
pena de perder o apoio americano em Gaza, enquanto Rishi Sunak veio,
finalmente, reclamar pelo fim da guerra, conforme hoje anuncia o jornal Sunday
Express, que é a edição dominical do jornal The Daily Express. Que civilização é a destes homens que apelam ao
fim da guerra, mas que ao mesmo tempo, são os principais responsáveis pela
venda de armamento a Israel.
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