Nos últimos meses e especialmente durante a campanha eleitoral das últimas semanas de Maio, algumas individualidades desdobraram-se em críticas, por vezes muito severas, relativamente ao Estado e à gestão pública. Fizeram-se todas as acusações ao Governo e ao Primeiro-Ministro que, por vezes, chegaram ao limiar do insulto e da calúnia.
O autoritário sargento Catroga prometia solenemente que “o Estado gordo paralelo que o PS criou com clientelas” ia acabar e que, nesse aspecto, “iam muito mais longe do que a troika”. Ganhou as eleições.
Passou um mês e meio desde as eleições e um mês apenas desde a tomada de posse do governo.
Pela primeira vez abordo aqui este tipo de questões, pois nem na campanha eleitoral, nem neste primeiro mês de governação entrei por esse polémico caminho da análise da luta pelo poder e das guerrilhas partidárias.
Mas hoje não resisto a comentar, porque a máscara caiu demasiado depressa!
O número de gestores da CGD vai aumentar, anuncia o jornal i. Um dos eleitos ostenta o título de doutor conferido pela 72ª universidade do mundo e tanto alinha com o PS de Guterres, como com o PSD de Pedro Passos Coelho. Alterna. O seu currículo mostra que tem saltado de tacho em tacho e que os acumula. Questão de competência, certamente. Agora consegue levar o seu Grupo Mello para a CGD. Talvez seja por causa da alienação nas áreas dos seguros, da saúde e das participações financeiras na PT, EDP, ZON e outras. O que pode levar um homem destes a deixar o Grupo Mello para se encostar à CGD? Estejamos atentos.
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