Desde que o Estado vendeu a sua participação na EDP à China Three Gorges Corporation, que a empresa passou a ser objecto de um redobrado interesse por parte dos meios de comunicação social. Esse interesse é compreensível, porque a entrada dos chineses no capital da EDP significa um elevado grau de confiança em Portugal, mas também a decisão de passarem a dispor de uma plataforma empresarial na Europa, com ligações a ambas as margens do Atlântico Sul. Em paralelo com esta decisão, os chineses também evidenciaram interesse em outros sectores da nossa economia, como a banca, a rede eléctrica ou a indústria automóvel.
Com esta alteração societária, a porta da EDP abriu-se para a entrada de novos membros para o seu Conselho Geral e de Supervisão e, entre outros, arranjaram novos e bem remunerados empregos naquela casa, até “porque eram amigos dos chineses”, os experientes Catroga, Cardona, Pinto, Vieira e Macedo.
Entretanto, a agência de notação financeira Standard & Poor's decidiu rever em baixa o rating da EDP em dois níveis (de BBB para BB+), colocando-a na categoria de "lixo", em linha com o recente corte do rating da República Portuguesa.
Foi uma grande surpresa. Não se imaginava que, com a entrada dos chineses, nem com a entrada de tão experientes gestores do sector eléctrico, isto pudesse acontecer à EDP.
Eu até pensava que a Standard & Poor's sossegava, só por ver o iluminado Catroga na EDP.
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