Não é preciso perceber muito de economia, nem ler a imprensa estrangeira
para perceber que o passos-gasparismo
e, especialmente o monocórdico gaspar, nos estão a levar – irresponsavelmente –
por desgraçados caminhos, ao utilizar a austeridade sobre a austeridade na sua
governação. Andamos há dois anos a afundar-nos. O Estado e a sociedade estão em
vias de desagregação. Os indicadores socio-económicos evidenciam essa
realidade, mas o cidadão comum nem precisa de os conhecer pois observa a
catástrofe das empresas a falir, das lojas a fechar, dos desempregados a entrar
na marginalidade e dos jovens a emigrar. Há desconfiança, incerteza e até medo por
todo o lado. Aumentou a pobreza e a fome. Sem sensibilidade, o passos-gasparismo ataca os mais fracos,
isto é, os pensionistas, os reformados e os funcionários públicos. Muita gente
denunciou este estado de coisas e esta gente, inclusive nos círculos do poder,
como sucede desde há muito com Manuela Ferreira Leite, Pacheco Pereira, António
Capucho ou Silva Peneda.
Agora as vozes dissonantes ainda são mais insuspeitas.
António
Lobo Xavier fez uma crítica radical: o apelo à troika de 2011 podia não ter
existido, pois foi uma exigência dos que queriam o pote. Disse ele: “se não
fosse a sofreguidão pelo pote, estaríamos como Espanha, combatendo a crise sem
perder a soberania”. Também António Bagão Félix veio declarar no Diário Económico que “o papel de Vítor Gaspar está esgotado”. Então que saia o mais
depressa possível.
Só me lembro do Miguel de Vasconcelos.
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