O caso já dura há vários dias e está nas primeiras
páginas de vários jornais espanhóis e ingleses, que hoje destacam a fotografia
do HMS Illustrious (um
porta-helicópteros que está ao serviço da Royal Navy desde 1982 e que no seu
currículo operacional tem a participação na guerra das Falklands/Malvinas), a
sair da sua base de Portsmouth com rumo a Gibraltar. Essas fotografias mostram
algumas pessoas a assistir à largada do navio e agitar bandeiras, como se o
mesmo fosse para a guerra. O jornal Público,
também escolheu a fotografia do HMS
Illustrious para noticiar as ameaças, as provocações e a presença de navios
de guerra nas águas de Gibraltar.
A Grã-Bretanha ameaça a Espanha com medidas
legais “sem precedentes”, enquanto o governo espanhol não recua na sua intenção
de reforçar os controlos de fronteira e de aplicar uma taxa de 50 euros aos
veículos que atravessem a fronteira. Há informações de que a Espanha admite
levar o assunto às Nações Unidas e outras em que se expressa o desejo de unir a
causa argentina pelas Malvinas à reivindicação espanhola por Gibraltar.
Aparentemente nenhum dos dois países está disposto a ceder num assunto muito
complexo que já tem três séculos e que sempre tem servido para reactivar os velhos
sentimentos destes dois países que são membros da União Europeia.
Tudo isto era
dispensável se não fosse o seu orgulho nacionalista, bem como a obcessão por
agradar às opiniões públicas nacionais e, assim, assegurar localmente os votos
e a manutenção do poder.
E que tal lembrarmos à Espanha de que não se esqueça de incluir também o processo de Olivença?
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