Na generalidade
dos países democráticos, os vencedores das eleições instalam-se no aparelho de Estado por direito próprio, mas criaram o hábito de levar consigo uma multidão de correlegionários e de amigos para
ocupar os chamados lugares de confiança. É que existem lugares para todos, desde
que pertençam ao partido. É um prémio de militância. Um emprego dos bons.
Em Portugal tem sido assim e os gabinetes ministeriais e as direcções gerais enchem-se de assessores e de técnicos, as empresas públicas renovam-se de administradores e directores, as autarquias e as empresas municipais dão emprego a quem faz parte ou apoiou o partido e, quando necessário, criam-se comissões, institutos e fundações. Esta gente gasta rios de dinheiro. Sempre que se altera o ciclo político é um fartote indiscritível de tacharia que, em elevado grau, também tem sido responsável pelo descalabro das nossas finanças públicas. Em Espanha passa-se o mesmo fenómeno e talvez em grau mais absurdo, pois segundo revela hoje a edição do El Mundo, os partidos políticos dão emprego directo ou indirecto a 145 mil espanhóis. É um número espantoso. São verdadeiras “fábricas de emprego” que vivem dos dinheiros públicos, refere o jornal. Pagam salários a muita gente, onde se incluem os membros do governo, os deputados das 19 câmaras representativas existentes e os 8116 autarcas, muitos deles isentos de obrigações fiscais. Desde que começou a crise, esse número passou de 27.600 para 39.500, a mostrar que os sacrifícios não são para os políticos. Porém, a estes números há que juntar mais 20 mil assessores contratados a dedo como pessoal de confiança (sendo que a sua maior parte são “familiares dos políticos” e membros dos partidos), para além de muitas outras ocupações que o El Mundo destaca e que totalizam 145 mil empregos! Eu julgava que éramos vítimas do nosso aparelhismo que faz deputados, assessores, técnicos especialistas e até secretários de Estado com 20 anos de idade, mas afinal em Espanha ainda parece ser pior.
Em Portugal tem sido assim e os gabinetes ministeriais e as direcções gerais enchem-se de assessores e de técnicos, as empresas públicas renovam-se de administradores e directores, as autarquias e as empresas municipais dão emprego a quem faz parte ou apoiou o partido e, quando necessário, criam-se comissões, institutos e fundações. Esta gente gasta rios de dinheiro. Sempre que se altera o ciclo político é um fartote indiscritível de tacharia que, em elevado grau, também tem sido responsável pelo descalabro das nossas finanças públicas. Em Espanha passa-se o mesmo fenómeno e talvez em grau mais absurdo, pois segundo revela hoje a edição do El Mundo, os partidos políticos dão emprego directo ou indirecto a 145 mil espanhóis. É um número espantoso. São verdadeiras “fábricas de emprego” que vivem dos dinheiros públicos, refere o jornal. Pagam salários a muita gente, onde se incluem os membros do governo, os deputados das 19 câmaras representativas existentes e os 8116 autarcas, muitos deles isentos de obrigações fiscais. Desde que começou a crise, esse número passou de 27.600 para 39.500, a mostrar que os sacrifícios não são para os políticos. Porém, a estes números há que juntar mais 20 mil assessores contratados a dedo como pessoal de confiança (sendo que a sua maior parte são “familiares dos políticos” e membros dos partidos), para além de muitas outras ocupações que o El Mundo destaca e que totalizam 145 mil empregos! Eu julgava que éramos vítimas do nosso aparelhismo que faz deputados, assessores, técnicos especialistas e até secretários de Estado com 20 anos de idade, mas afinal em Espanha ainda parece ser pior.
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