A Segunda
Circular (2ª Circular) é uma via rápida urbana que liga a parte oriental à
parte ocidental da cidade de Lisboa, mais concretamente o Prior Velho (fim da
A1) e a Buraca (início do IC19), numa extensão aproximada de dez quilómetros, constituindo um eixo rodoviário que agrega três
avenidas em sequência: Avenida Marechal Craveiro Lopes, Avenida General Norton
de Matos e Avenida Eusébio da Silva Ferreira. É considerada uma das nossas estradas
com mais tráfego e com um alto índice de sinistralidade, que funciona como via de
atravessamento urbano e que é utilizada por milhares de pessoas para chegar ou
partir do Norte, para aceder ao aeroporto ou para se dirigir para os maiores
estádios de futebol da cidade.
A
gestão da 2ª Circular está a cargo da Câmara Municipal de Lisboa que decidiu
intervir no sentido de resolver alguns dos seus problemas e os vários “pontos
negros” no seu percurso. A sua proposta, que é hoje revelada pelo Diário
de Notícias, está em discussão pública até ao próximo dia 15 de
Janeiro, inclui a repavimentação em toda
a sua extensão o que permitirá diminuir o ruído automóvel em 50%, a
reabilitação do sistema de drenagem, a renovação da sinalização para se tornar
mais compreensível e a instalação de um novo sistema de iluminação que
permitirá poupar até 60% no consumo de energia. Porém, o mais interessante do
projecto, cujas obras se estimam durar 11 meses, é a instalação de um separador
arborizado com 3,5 metros de largura em toda a extensão da via. Essa ideia
parece-me genial e muito valorizadora da paisagem urbana.
A
intervenção visa aumentar a
segurança, a fluidez e a qualidade ambiental da via, mas também transformar as
suas actuais características de auto-estrada numa via de carácter urbano, mas
não convence alguns, nomeadamente o Automóvel Clube de Portugal. Eu, que não
sou especialista, estou convencido e até entusiasmado.
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