Em muitos locais
das mais diversas latitudes existe a tradição de começar o Ano Novo com um
banho de mar. No caso do Hemisfério Norte esse exercício é de uma grande exigência
física porque a temperatura da água do mar é baixa e, em algumas regiões, aproxima-se
mesmo dos zero graus, mas ainda assim atrai sempre muitos entusiastas. Nesse
aspecto, a costa portuguesa é menos agressiva pois nesta época do ano as
temperaturas da água do mar variam entre os 16 e os 18 graus. Por disso, há
muitas pessoas corajosas que participam no ritual do primeiro banho do
ano e que resistem ao frio, ao vento e à agitação marítima. O mais famoso
destes encontros realiza-se na praia de Carcavelos, mas há outros locais onde
esse ritual já se instalou, como Vila do Conde, Matosinhos, Ilhavo, Ferragudo
e, certamente outras praias, que atraem muitos banhistas que aspiram por
desafios incomuns, ou que neles participam por superstição ou, ainda, porque
esse banho lhes renova as energias e lhes purifica o corpo.
Porém, nas regiões
do Hemisfério Sul a ida à praia é uma rotina própria da época do ano e, em
princípio, não se inscreve em qualquer ritual. É, simplesmente, o tempo do
calor e da praia, que atrai muitos milhares de pessoas e proporciona
verdadeiras enchentes que ocupam e congestionam os areais. A edição de hoje do Sunday
Times de Joanesburgo exibe uma impressionante fotografia da praia de
Durban no primeiro dia do ano de 2016, com uma multidão a ocupar o
areal e a banhar-se numa água com uns apetecíveis 25 graus de temperatura. A fotografia mostra que, provavelmente, não há lugar para mais ninguém naquele areal.
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