A primeira-ministra britânica Theresa
May não se tem deslocado a Bruxelas nem a Berlim e talvez nunca tenha visitado
Lisboa ou Madrid, mas meteu-se num avião e foi a Washington para visitar o
Donald que mora na Casa Branca desde há uma semana. Esta viagem de quem foi
contra o Brexit e que agora o defende com entusiasmo e teimosia, só revela
muita fraqueza e muita necessidade de amparo que, pensa ela, só o fanfarrão do
Donald lhe pode dar. No meio de tantas incertezas nas duas margens do Atlântico
é caso para perguntar: porquê tanta pressa?
Não
nos interessam as motivações passionais da primeira-ministra britânica que
sucedeu a David Cameron, mas o facto é que antes de consumar o divórcio com a União
Europeia, ela correu apressadamente para os braços musculados do Donald e, segundo refere hoje o jornal The
Independent, ela está completamente trumped.
Provavelmente não será apenas a Barbie Trump que não vai gostar deste assédio ao seu Donald de
uma senhora inglesa de 60 anos de idade e que é oriunda do condado de Sussex, no sul da
Inglaterra.
Os orgulhosos ingleses também não se sentirão confortados com esta
submissão de Theresa May à arrogância americana, agora assumida pelo Donald e, com esta tão apressada viagem, os 68%
de escoceses que rejeitaram o Brexit vão repensar a sua opinião a respeito da independência
escocesa, porque não quererão estar tão trumped
como Theresa May. A não ser que tudo isto não passe de um mero flirt ou de um simples encontro para matar saudades.
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