Donald
Trump cumpriu a ameaça e deu ordens para que avançasse o muro que irá separar
os Estados Unidos e o México, supostamente para travar o movimento de
emigrantes clandestinos. O muro isolará os dois países de uma forma tão brutal,
como não acontece sequer nas fronteiras entre a Coreia do Norte e a Coreia do
Sul. Porém, esta decisão também tem um
objectivo simbólico e insere-se na política proteccionista que Trump quer impor
e que se traduz na frase tantas vezes repetida “America first”.
No seu
estilo arrogante, agressivo e autoritário, Donald Trump tem mostrado que não
quer que a Ford, a General Motors, a Toyota ou a BMW construam automóveis no
México e que depois os vendam nos Estados Unidos, acusando esses construtores
de criarem empregos no México e não nos Estados Unidos. Além disso, Trump
propõe-se taxar em 20% as importações de produtos mexicanos e, dessa forma,
custear a construção do muro a que alguns já chamam “o muro da vergonha”.
Enrique Peña Nieto, o Presidente mexicano, como
protesto pelas iniciativas anti-mexicanas de Trump, reagiu e já cancelou um encontro que
estava marcado entre os dois Presidentes para a próxima semana. A tensão com o
México subiu de tom e a atitude de Peña Nieto foi corajosa e, de certa forma, foi o primeiro adversário externo que o Donald enfrentou.
A
realidade é que Donald Trump começa o seu mandato como o mais impopular
Presidente da história americana, em aberto conflito com o México, com a
imprensa e com outros sectores da opinião pública. O influente The
Washington Post já veio ridicularizar a iniciativa da construção do
muro que, diga-se em nome da verdade, é uma herança de Clinton e de Obama, como mostra a fotografia que o jornal publicou. O
facto é que, apenas numa semana, o Presidente dos Estados Unidos tomou um
conjunto de polémicas decisões e muitos observadores começam a questionar-se
quanto à forma como irão reagir as instituições nacionais americanas.
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