No moderno processo de comunicação existe
um agente emissor que emite uma mensagem para um ou mais receptores, sendo essa mensagem
codificada de acordo com certos critérios e que pode utilizar sons, filmes,
textos, fotografias, imagens, caricaturas e outras formas de expressão. A
imprensa utiliza sobretudo textos e imagens para codificar as suas mensagens,
mas por vezea também utiliza a caricatura. A caricatura é um desenho de um ou
mais personagens ou de uma situação da vida real, em que são enfatizados e
exagerados alguns aspectos pessoais ou da situação visada, tornando-a
humorística e apelativa para a compreensão dos receptores. A caricatura
distorce a realidade, mas uma boa caricatura pode captar aspectos das pessoas
ou das situações, pelo que os jornais a utilizam com muita frequência para
chamar a atenção e despertar o interesse dos seus leitores.
A revista alemã Der Spiegel utiliza muitas vezes a
caricatura para ilustrar as suas capas e, nos últimos tempos, tem-se destacado
na utilização da caricatura para retratar as frequentes manifestações de
arrogância do Presidente dos Estados Unidos. Assim acontece na sua mais recente capa
em que apresenta Donald Trump e Kim Jong-un como meninos de fraldas, sentados
numa ogiva nuclear a parecer “brincar às guerras”, como se isso não
significasse o risco de um conflito nuclear. Essa “brincadeira” acentuou-se nas
últimas semanas porque, depois de ter realizado dois testes nucleares no ano
passado, a Coreia do Norte anunciou que poderia realizar um teste nuclear e ensaiar
novos mísseis balísticos capazes de atingir o território americano. Donald
Trump não gostou e levantou a voz, decidindo enviar uma poderosa força naval
para a região. A tensão cresceu de imediato, até porque Kim Jong-un não se
calou. Por isso, como diz o Der Spiegel, tenham cuidado com as
brincadeiras.
Sem comentários:
Enviar um comentário