O submarino argentino ARA San Juan (S-42) saiu
de Ushuaia, a mais austral cidade do mundo e capital da província da Patagónia,
no extremo sul do território da Argentina e navegava para a sua base na cidade
de Mar del Plata. Era uma longa viagem de quase duas mil milhas em que teria de
navegar desde os 55 graus até aos 38 graus de latitude sul. Na quarta-feira,
dia 15 de Outubro, o submarino navegava na latitude de 42 graus sul quando pela
última vez comunicou com terra via rádio. Cerca de 48 horas depois, na
sexta-feira dia 17 de Outubro, as autoridades navais argentinas comunicaram a
falta de informações sobre o submarino e que já estavam a decorrer buscas no
sentido de o encontrar. No dia seguinte, todos os jornais argentinos divulgaram
a preocupante notícia e o diário Clarín, que é o maior jornal
argentino, destacou na sua primeira página a “dramática búsqueda del submarino
perdido en el Sur con 44 tripulantes”.
O ARA San Juan integra uma
pequena frota de três submarinos que foram incorporados na Marinha argentina em
1985 e que tem a sua base na cidade de Mar del Plata. Foi construído na
Alemanha e pertence à classe TR, tendo sido objecto de fabricos de modernização
para lhe aumentar o tempo de vida útil, entre 2007 e 2014.
Não há qualquer indício sobre o que se terá passado e a área de busca é
muito extensa, mas as autoridades apontam para uma avaria no sistema de
comunicações ou no seu sistema de propulsão eléctrico, o que mantém acesa a hipótese de
não ter acontecido qualquer tragédia.
Porém, estão decorridos quase quatro dias desde a última comunicação do
submarino e o desespero começa a tomar conta das famílias dos 44 tripulantes do
ARA San Juan.
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