O acidente aconteceu
no passado dia 6 de Janeiro quando o navio Mestre
Simão, de 40 metros de comprimento, fazia a sua entrada no porto da Madalena.
O Mestre Simão, tal como o seu irmão Gilberto Mariano, era o orgulho dos passageiros do canal, ainda a cheirar a novo, bem equipado, moderno e confortável, mas o mar pregou-lhe uma partida. Havia mau tempo no canal e o navio, que fazia a ligação entre a ilha do Faial e a ilha do Pico, terá sido apanhado por uma onda desencontrada que o atravessou e fez perder o governo, sendo atirado para as rochas que orlam a margem sul da bacia de manobra do porto da Madalena. Os setenta passageiros foram retirados sem quaisquer problemas e não houve feridos, mas o navio ficou preso às rochas, provavelmente muito aguçadas.
O Mestre Simão, tal como o seu irmão Gilberto Mariano, era o orgulho dos passageiros do canal, ainda a cheirar a novo, bem equipado, moderno e confortável, mas o mar pregou-lhe uma partida. Havia mau tempo no canal e o navio, que fazia a ligação entre a ilha do Faial e a ilha do Pico, terá sido apanhado por uma onda desencontrada que o atravessou e fez perder o governo, sendo atirado para as rochas que orlam a margem sul da bacia de manobra do porto da Madalena. Os setenta passageiros foram retirados sem quaisquer problemas e não houve feridos, mas o navio ficou preso às rochas, provavelmente muito aguçadas.
A autoridade
marítima, a seguradora do navio e o armador Atlânticoline, desenvolveram esforços
para esclarecer o que de facto se passou e para tentar o salvamento do navio. Os
dias passaram e todos os esforços para o salvar foram infrutíferos, pelo que o
governo dos Açores já anunciou que o Mestre
Simão sofreu danos irreparáveis e foi considerado perdido, pelo que foi
iniciado o processo de aquisição de um navio semelhante, ao mesmo tempo que foi
aberto um concurso internacional para o seu desmantelamento e remoção.
Fui fotografar o
navio e senti uma enorme mágoa ao ver aquele símbolo do progresso na ligação
entre as ilhas do grupo central açoriano e que me transportou algumas vezes no
canal do Faial, ali solitário e moribundo. É mesmo muito doloroso porque, como Fernando Pessoa escreveu na Ode Marítima, um navio tem personalidade e, por isso, não merecia um fim tão triste e tão inglório.
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