As comemorações
do fim da 1ª Guerra Mundial tiveram grande repercussão, não só para honrar os seus
milhões de mortos, mas também para apelar à paz e a uma pedagogia da paz e da
concórdia entre as nações. As cerimónias realizadas em Paris foram marcantes,
devido à presença de muitas dezenas de chefes de Estado e de governo, mas muitas
outras foram realizadas por todo o mundo. A edição de ontem do jornal canadiano
Toronto
Sun escolheu uma sugestiva imagem para a sua primeira página e escreveu
como lead a seguinte frase: “Assinalando 100 anos desde o fim da 1ª Guerra
Mundial, realizaram-se cerimónias por todo o país e por todo o mundo como
tributo aos que lutaram e aos que morreram”. Significa que, de uma forma ou de
outra, a evocação da 1ª Guerra Mundial correu mundo.
Portugal entrou
na guerra nas frentes da Flandres e nas fronteiras de Angola e Moçambique e
embora não se conheça exactamente o número de portugueses mortos em combate ou
por doença, as estimativas apontam para cerca de seis mil, que o país nunca
deixou de homenagear.
Como já ontem referimos, nenhum jornal português assinalou ou deu importância a esta efeméride de significado mundial, talvez porque somos terrivelmente periféricos na Europa e no mundo, não só na geografia, mas também no culto de valores culturais e da nossa História. Lamentavelmente, a nossa imprensa é cada vez mais papel borrado de tinta. O que conta para a nossa imprensa escrita (e televisiva) é um tal Bruno de Carvalho, uma figura menor da nossa terra que, até prova em contrário, não fez nada de mal e apenas está a ser investigado. O caso nem merecia notícia, mas o Diário de Notícias, o Público, o Jornal de Notícias e, naturalmente, o Correio da Manha, não falam noutra coisa. Impera a lei de "vender papel" a qualquer preço ou o jornalismo de vão de escada. Não quero crer que acabou o jornalismo em Portugal, apesar de ver tanta mediocridade, tanta incompetência e tanta falta de sentido de serviço ao público.
Como já ontem referimos, nenhum jornal português assinalou ou deu importância a esta efeméride de significado mundial, talvez porque somos terrivelmente periféricos na Europa e no mundo, não só na geografia, mas também no culto de valores culturais e da nossa História. Lamentavelmente, a nossa imprensa é cada vez mais papel borrado de tinta. O que conta para a nossa imprensa escrita (e televisiva) é um tal Bruno de Carvalho, uma figura menor da nossa terra que, até prova em contrário, não fez nada de mal e apenas está a ser investigado. O caso nem merecia notícia, mas o Diário de Notícias, o Público, o Jornal de Notícias e, naturalmente, o Correio da Manha, não falam noutra coisa. Impera a lei de "vender papel" a qualquer preço ou o jornalismo de vão de escada. Não quero crer que acabou o jornalismo em Portugal, apesar de ver tanta mediocridade, tanta incompetência e tanta falta de sentido de serviço ao público.
Brilhante análise. Parabéns!
ResponderEliminar