A Índia decidiu
construir uma linha ferroviária de alta velocidade para ligar a cidade de
Ahmedabad, capital do Estado do Gujarat, com a cidade de Mumbai, a antiga Bombaim, que é a capital do
Estado de Maharashtra e que é a verdadeira capital económica e financeira
da Índia.
Trata-se de um
projecto muito ambicioso por várias ordens de razões, sobretudo porque é a primeira linha
ferroviária de alta velocidade da Índia, que já começou a ser construída no
passado mês de Agosto com a cooperação tecnológica e financeira do Japão.
Os comboios
circularão a 320 km
por hora, a linha terá um comprimento de 508 km e haverá 12 estações, incluindo Vapi que
serve o antigo território português de Damão. A maior parte da linha será
elevada para evitar a aquisição de terrenos agrícolas e para minimizar
problemas de segurança, mas nas proximidades de Mumbai, entre Thane e Virar,
terá um túnel de 21 km ,
dos quais 7 km
serão submarinos. O custo total do projecto será de 15 mil milhões de dólares e
a inauguração está prevista para o dia 15 de Agosto de 2022, quando a Índia
celebrar o 75º aniversário da sua independência.
Hoje, o jornal Gulf
News que se publica no Dubai, destaca na sua primeira página os três
maiores obstáculos que enfrenta o comboio de alta velocidade indiano,
designadamente as expropriações de terrenos que estão a ser altamente
contestadas, as questões da segurança ao longo da linha e o seu elevado custo
para um país onde 163 milhões de pessoas ainda não possuem água canalizada. Porém,
a Índia não é apenas um país de contrastes culturais, mas também é um país com
desenvolvimentos muito desiguais e assimétricos, onde os sinais de pobreza e os sinais de modernidade e de ostentação continuarão a coexistir por muitos anos.
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