Tínhamos
imaginado que a vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais americanas que
sucessivos tribunais confirmaram, tinha acabado de vez com a nefasta
presidência de Donald Trump que tanto prejudicou o prestígio internacional dos
Estados Unidos. Além disso, a declaração dos especialistas de que se tratou da
”mais segura eleição da história dos Estados Unidos”, parecia acabar de vez com
as teorias conspirativas do Donald. O assunto parecia ter ficado arrumado, mas as coisas não parecem ser exactamente assim.
Numa altura em
que a crise pandémica está muito intensa nos Estados Unidos, com mais de 200
mil contágios e três mil óbitos diários, com os hospitais à beira do colapso
mas com as esperanças concentradas na nova vacina, o Donald continua amuado com
o país, nada diz sobre a crise pandémica e repete a sua costumada gritaria em
que insiste que que ganhou as eleições. Deste seu comportamento irresponsável
tem resultado a perda de aliados e um isolamento cada vez maior, até porque não
pára de fazer asneiras, não só através do boicote ao Congresso que lhe tirou o
tapete mas, sobretudo, pela forma leviana e desonesta como vem distribuindo
indultos a algumas dezenas de amigos e apoiantes, alguns deles já condenados.
Na sua edição de
hoje o jornal New York Post não o poupa e diz-lhe mesmo para parar com a sua
insanidade. Stop the insanity é um
invulgar apelo feito ao Donald para acabar com a louca cruzada em que se tem
envolvido, mas a América e o mundo ainda terão de esperar 23 dias para o ver
fora da Casa Branca.
Não há por aquelas bandas um equivalente ao "Júlio de Matos"?
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