Não sei se José
Mourinho se tornou treinador de futebol por vocação, por formação ou por acaso,
mas parece-me que nele convergiram estas três situações. O facto é que começou
a sua vida profissional como professor de Educação Física na Escola Básica 2/3
José Afonso em Alhos Vedros, depois tornou-se preparador físico no Estrela da
Amadora e auxiliar técnico no Vitória de Setúbal, até que foi contratado pelo
Sporting para trabalhar com Bobby Robson, primeiro como tradutor e, depois, como
técnico auxiliar ou adjunto. Nunca mais parou e, depois de ter sido campeão
europeu com o Futebol Clube do Porto, decidiu emigrar e treinou o Chelsea, o
Inter de Milão, o Real Madrid, de novo o Chelsea, o Manchester United, o
Tottenham e, a partir do próximo mês de Junho, a Associazione Sportiva Roma, S.p.A.. No
seu currículo constam muitos títulos desportivos, incluindo duas Ligas dos
Campeões, enquanto em Janeiro de 2011 foi eleito pela FIFA como o melhor
treinador de futebol do mundo.
José Mourinho
foi, provavelmente, o primeiro treinador de futebol português a ter um
indiscutível sucesso no estrangeiro e, de parceria com Cristiano Ronaldo, são
os nomes mais famosos do futebol português.
Há quem afirme
que este novo desafio de Mourinho é um retrocesso na sua carreira. Não sei. Sei
apenas que, desde que iniciou a sua carreira internacional, acumulou muitos
milhões e que toda a imprensa italiana de hoje, tanto os jornais generalistas
como os jornais desportivos, noticiam com euforia a sua ida para a Associazione
Sportiva Roma. O jornal Il Tempo diz que é “um rei em Roma”,
mas os jornais desportivos parecem ter entrado em delírio, porque Mourinho lhes
inspira confiança e pode dar uma nova centralidade ao futebol italiano. Por aqui, vemos com satisfação como a sorte continua a proteger este setubalense de 58 anos de idade e espera-se que tenha sucesso desportivo, para além do seu habitual sucesso financeiro.
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