É sabido que a
península Ibérica tem uma acentuada diversidade linguística e que para além do
português e do castelhano (espanhol), ainda tem o catalão, o basco (euscara), o leonês e o galego. O galego
é, juntamente com o castelhano, a língua oficial da Comunidade Autónoma da
Galiza, tendo raízes comuns com a língua portuguesa, da qual só divergiu a
partir do século XIV. As semelhanças entre as duas línguas são evidentes, como
de resto também é o contexto sócio-cultural da Galiza e do Alto-Minho, daí
resultando que, por vezes, o galego e o português são classificados no contexto
galaico-português, havendo quem considere o galego como “o português da
Galiza”.
Na sua edição de
hoje o jornal La Voz de Galicia destaca que “o galego mantense como a língua maioritaria no 80% dos concellos”e apresenta várias conclusões a partir de um
estudo do Instituto Galego de Estatística, que é a entidade que avalia o galego
no quadro línguístico espanhol e da própria região autónoma.
Sabe-se que o
galego é falado entre os mais velhos, mas o estudo agora divulgado concluiu que
cerca de três quartos da população galega fala o galego e que mais de 90% dos
residentes em 44 municípios galegos falam sempre em galego e não em castelhano.
Na totalidade, cerca de 30% da população fala sempre o galego, o que é uma
percentagem idêntica ao que sucede com o catalão na Catalunha, enquanto em
Navarra e no País Basco só cerca de 20% da população usa regularmente a língua
basca, o euscara. Se bem que o galego
seja a língua maioritária para mais de metade da população, vive uma situação
de estabilidade ou mesmo de algum retrocesso mas, apesar disso, o galego não é
apenas a língua franca e coloquial da Galiza, pois parece estar na moda e é a
língua preferida dos artistas, dos criadores e dos grupos musicais.
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