Perfazem-se hoje
65 anos sobre o dia em que um grupo de oitenta e dois exilados cubanos, onde se
incluíam quatro estrangeiros, desembarcou próximo da praia de los Colorados, na
costa oriental da ilha de Cuba, sob o comando de um jovem advogado de trinta
anos de idade chamado Fidel Castro Ruz.
Hoje o jornal Granma,
o órgão oficial do comité central do Partido Comunista de Cuba, evoca esse
histórico desembarque e recorda Fidel, escrevendo que está “invicto en el
cariño de su pueblo”, o que bem sabemos que não será assim.
O seu grupo viajara
desde o pequeno porto mexicano de Tuxpan a bordo do pequeno iate Granma e, após uma viagem de sete dias,
“aqueles 82 aprendizes de guerrilheiros”, muitos deles enjoados, desembarcaram em
condições muito precárias e progrediram por pântanos e mangais, vendo-se obrigados
a abandonar muito do seu material, o que levou a que se dissesse que não foi um
desembarque, mas um naufrágio. Dois dias depois o grupo foi cercado pelo
exército cubano em Alegria del Pio e a catástrofe aconteceu, pois o grupo teve
25 mortos, 22 capturados e 19 desaparecidos. Os dezasseis sobreviventes, onde
se incluíam Fidel, o seu irmão Raúl e o médico argentino Ernesto “Che” Guevara
dispersaram e só voltaram a reencontrar-se no dia 18 de Dezembro de 1956 em
Purial de Vicana, já na sierra Maestra.
Seguiram-se dois
anos de guerrilha que levaram o ditador Fulgencio Batista ao exílio e à entrada
vitoriosa do exército rebelde em Havana no dia 1 de Janeiro de 1959.
A campanha vitoriosa
dirigida por Fidel Castro inspirou outras guerrilhas e movimentos de libertação
pelo mundo, enquanto Ernesto “Che” Guevara se tornou um ícone para a geração que depois
da 2ª Guerra Mundial procurava a revolução e um mundo melhor.
Porém, tudo isso
aconteceu no século XX e hoje Cuba desespera pela entrada no século XXI.
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