segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

O preço dos combustíveis que sobe e sobe!

Nos últimos meses, um pouco por todo o mundo, tem-se verificado um constante aumento do preço dos combustíveis, havendo muitos casos em que houve agitação social, com protestos, tumultos e sinais de insurreição. O caso porventura mais mais grave aconteceu no Casaquistão que, sendo um país produtor de petróleo, assistiu a uma contestação generalizada pelo aumento dos preços dos combustíveis, o que levou as respectivas autoridades a decretarem o estado de emergência e a pedir a ajuda de forças militares externas.
O preço dos combustíveis resulta essencialmente das leis da oferta e da procura, isto é, em tempos de recuperação económica como os que atravessamos, a procura tem excedido a oferta que, sob a hegemonia do cartel da OPEP e das grandes petrolíferas, suporta custos de produção cada vez mais elevados e os reflecte no preço. Há outros factores que influenciam os preços, como o valor do dólar e o preço dos biocombustíveis. A cotação do barril de petróleo é expressa em dólares e, com a moeda americana em alta, o custo do petróleo bruto aumenta e é preciso mais dinheiro para comprar a mesma quantidade de produto, enquanto os biocombustíveis que entram na composição das gasolinas também têm estado em alta.
Depois desta subida de preços na produção, o crude ou petróleo bruto entra no processo nacional de refinação, após o que os seus derivados entram no circuito comercial pela mão dos distribuidores e dos revendedores, aparecendo então o Estado como regulador da actividade e como cobrador de impostos.
No caso dos países que não produzem petróleo, como acontece com Portugal, todos estes factores se tendem a agravar, até porque na falta de outras vias de financiamento, o Estado arrecada para si uma boa parte do preço final dos combustíveis através do Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP).
O problema é mundial e hoje o jornal francês Le Télégramme destaca como manchete “a implacável subida dos preços dos combustíveis”. Há opiniões muito sábias sobre o assunto, mas não se vê solução a curto prazo para combater este verdadeiro vírus económico.

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