Nos últimos
tempos as visitas de altos dignitários mundiais à República Popular da China têm
sido frequentes e, só no corrente mês de Abril, entre outros ocorrem-nos as visitas
de Pedro Sánchez (Espanha), Anwar Ibrahim (Malásia), Lee Hsien Loong (Singapura),
Emmanuel Macron (França), Ursula von der Leyen (Comissão Europeia) e Lula da
Silva (Brasil).
Hoje, o jornal Global
Times, que reflecte as posições do Partido Comunista Chinês, anuncia a
visita do presidente Ali Bongo Ondimba (Gabão), o que mostra como muitos países
estão interessados em ter boas relações com a China, mas também que a China
procura fortalecer a sua cooperação e a sua influência em todos os continentes.
No caso do Gabão, o interesse chinês centra-se nos abundantes recursos naturais
do país, sobretudo o petróleo e as madeiras, mas também na importância de
ocupar posições estratégicas no golfo da Guiné e de contrabalançar a “corrida
para a África” que está a ser conduzida pelos Estados Unidos, Rússia e União
Europeia, que estão a tornar o continente africano numa terra de disputa entre
as grandes potências.
O presidente Xi
Jinping tem marcado muitos pontos desde a sua reeleição e após a sua visita à Rússia,
que aconteceu há um mês, na qual expressou apoio a Vladimir Putin e considerou
a Rússia como “um bom vizinho”. Para que não haja dúvidas, Xi Jinping fez-se
fotografar com todos os dignitários que estiveram em Pequim, para mostrar que a
diplomacia chinesa está muito activa em todos os tabuleiros e que a estratégia
chinesa procura o multilateralismo e uma nova ordem mundial, sem se esquecer
das suas reivindicações relativamente a Taiwan.
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