A cidade de
Toulouse é a capital da região da Occitânia e é a quarta maior cidade da
França, depois de Paris, Marselha e Lyon. Localiza-se no sul da França, próximo
da fronteira com a Espanha e, na sua área metropolitana, vivem cerca de um milhão e
meio de pessoas.
A cidade é o
centro da indústria aeroespacial europeia e a sede do gigante aeronáutico
AIRBUS, mas também do sistema de posicionamento Galileo, do sistema de satélite
SPOT e de outros importantes centros e indústrias de alta tecnologia. Porém, a cidade não
tinha um edifício que, pela dimensão e modernidade, estivesse à altura do seu
prestígio e ambição. Na sequência de um concurso lançado pelo município
de Toulouse, em 2017 foi escolhido um promotor parisience – a Compagnie de Phalsbourg – para desenvolver
um projecto imobiliário no centro da cidade – a Tour Occitanie – que se previa ficasse concluído em 2022 e que iria
constituir o primeiro aranha-céus da cidade. Tratava-se de um edifício urbano com
150 metros de altura e 38 pisos, incluindo 13.000 m2 de escritórios,
mais de cem unidades habitacionais, dois restaurantes, um bar-restaurante
panorâmico no topo da torre, um hotel de quatro estrelas e dois mil m2 de
lojas. O projecto foi entregue ao famoso arquitecto Daniel Libeskind, em
associação com Francis Cardete, um arquitecto local, mas a “audace
architecturale” do projecto teve adversários que o consideraram um “désastre
environnemental”. Daí que tivessem surgido dois recursos judiciais sucessivos
para impedir a construção da Tour
Occitanie.
Os tribunais declararam
agora que Toulouse vai ter o seu aranha-céus e, na sua edição de ontem, o
jornal La Dépêche du Midi dava essa notícia com grande destaque, com
uma antevisão do que será a Tour
Occitanie e a sua audaciosa arquitectura.
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