Na sua edição do passado dia 13 de Fevereiro, o Correio da Manhã voltou a tratar de algumas polémicas da vida do Banco de Portugal (BdP), noticiando em primeira página que o “Banco de Portugal paga salário médio de 4842 euros por mês”, que foi calculado através da divisão do total das despesas com pessoal previstas para 2012 (114,5 milhões de euros) por 1689 funcionários.
O jornal dedica duas das suas páginas interiores à divulgação de alguns detalhes dos gastos do Bdp, com informações sobre subsídios e facilidades para a aquisição de habitação permanente ou secundária, mas também com informação das despesas com a Quinta da Fonte Santa em Caneças, onde os filhos dos funcionários podem exercitar-se em equitação. A notícia refere também que o BdP contratou por ajuste directo e sem consulta a outras entidades, dois escritórios de advogados para processos judiciais no valor de 1,3 milhões de euros.
Como já sabíamos, ali é tudo em grande!
Ao contrário do que sucede com a generalidade dos portugueses, o BdP mantém os subsídios de férias e de Natal aos seus funcionários, que também terão direito a gozar a terça-feira de Carnaval, ou seja, desde os privilégios remunerativos até à pequena questão do Carnaval, o BdP não dá bons exemplos à sociedade portuguesa. Em vez de se mostrar como um sólido pilar do nosso Estado, o BdP coloca-se à margem das nossas dificuldades e comporta-se como uma agência ao serviço das instituições internacionais e da troika que tanto nos estão a atrofiar.
Na realidade, no BdP há zero de austeridade!
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