quinta-feira, 18 de agosto de 2016

A intrigante cambalhota de Paulo Portas

O antigo director do semanário O Independente que ficou conhecido por quase todas as semanas acusar uma qualquer figura pública por corrupção ou por uso indevido de fundos públicos, fez da criação de escândalos políticos um modo de vida. Afirmou-se desde então como um indivíduo sem princípios e sem escrúpulos. Chama-se Paulo Portas e desde a adolescência que se meteu na Política e no Jornalismo, ao mesmo tempo que estudava Direito. No Jornalismo deu um bom contributo para a falência de todos os jornais em que colaborou e, na Política, como não lhe deram importância nenhuma no PSD, mudou-se para o CDS. Com muita demagogia e vários golpes políticos maquiavélicos chegou à liderança desse pequeno partido e acabou por ser ministro de Durão Barroso, de Santana Lopes e de Passos Coelho. Nesses cargos, parece que tratou mais de si próprio do que do interesse nacional.
Um dia demitiu-se e afirmou-se irrevogável na sua decisão, mas deu o dito por não dito quando lhe acenaram com mais mordomias. A sua vaidade cresceu então exponencialmente com o pomposo cargo de vice-primeiro ministro. Fartou-se de viajar à custa do erário público e não era preciso ser muito perspicaz para perceber que procurava emprego numa grande organização internacional. Pensou na NATO mas era demasiado pequeno. Em alternativa atirou-se ao dinheiro como gato a bofe, porque se habituou a viver à grande e à francesa e a mina da Universidade Moderna já lhe dera o que tinha a dar, incluindo o famoso Jaguar em que se passeava por Lisboa.
Portas é um indivíduo muito duvidoso e para ele vale tudo para atingir os seus fins. Tal como no tempo de O Independente, é um indivíduo sem princípios e sem escrúpulos. Assinou contrato com a TVI para seu comentador semanal e, logo a seguir, ingressou nos quadros da Mota-Engil como conselheiro estratégico. Depois, na continuação das suas viagens oficiais ao México e da comenda que nesse país recebeu, foi agora contratado como conselheiro da Pemex, a maior empresa mexicana. Porém, a nova e intrigante cambalhota de Portas tem contornos de escândalo como revela hoje o jornal i, pela sua duvidosa ligação ao MPLA, a denunciar uma promíscua relação entre a política e os negócios e, talvez, a evidenciar que Portas utilizou os seus cargos públicos para desenvolver uma teia de relações em seu benefício pessoal. Portas quer enriquecer e, para isso, vale tudo.

1 comentário:

  1. ... ou, as (nada) intrigantes cambalhotas de um irrevogável mais que revogável sem vergonha.

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