O antigo director
do semanário O Independente que ficou
conhecido por quase todas as semanas acusar uma qualquer figura pública por
corrupção ou por uso indevido de fundos públicos, fez da criação de escândalos políticos
um modo de vida. Afirmou-se desde então como um indivíduo sem princípios e sem
escrúpulos. Chama-se Paulo Portas e desde a adolescência que se meteu na
Política e no Jornalismo, ao mesmo tempo que estudava Direito. No Jornalismo
deu um bom contributo para a falência de todos os jornais em que colaborou e, na
Política, como não lhe deram importância nenhuma no PSD, mudou-se para o CDS.
Com muita demagogia e vários golpes políticos maquiavélicos chegou à liderança
desse pequeno partido e acabou por ser ministro de Durão Barroso, de Santana
Lopes e de Passos Coelho. Nesses cargos, parece que tratou mais de si próprio
do que do interesse nacional.
Um dia demitiu-se
e afirmou-se irrevogável na sua decisão, mas deu o dito por não dito quando lhe
acenaram com mais mordomias. A sua vaidade cresceu então exponencialmente com o
pomposo cargo de vice-primeiro ministro. Fartou-se de viajar à custa do erário
público e não era preciso ser muito perspicaz para perceber que procurava
emprego numa grande organização internacional. Pensou na NATO mas era demasiado
pequeno. Em alternativa atirou-se ao dinheiro como gato a bofe, porque se
habituou a viver à grande e à francesa e a mina da Universidade Moderna já lhe dera
o que tinha a dar, incluindo o famoso Jaguar
em que se passeava por Lisboa.
Portas é um
indivíduo muito duvidoso e para ele vale tudo para atingir os seus fins. Tal como no tempo de O Independente,
é um indivíduo sem princípios e sem escrúpulos. Assinou contrato com a TVI para seu comentador
semanal e, logo a seguir, ingressou nos quadros da Mota-Engil como conselheiro
estratégico. Depois, na continuação das suas viagens oficiais ao México e da
comenda que nesse país recebeu, foi agora contratado como conselheiro da Pemex,
a maior empresa mexicana. Porém, a nova e intrigante cambalhota de Portas tem
contornos de escândalo como revela hoje o jornal i, pela sua duvidosa ligação ao
MPLA, a denunciar uma promíscua relação entre a política e os negócios e, talvez, a
evidenciar que Portas utilizou os seus cargos públicos para desenvolver uma teia de relações em seu benefício pessoal. Portas quer enriquecer e, para isso, vale tudo.
... ou, as (nada) intrigantes cambalhotas de um irrevogável mais que revogável sem vergonha.
ResponderEliminar