António Guterres
e António Costa encontraram-se na sede das Nações Unidas durante o debate geral
da 72ª sessão anual da Assembleia Geral que se iniciou no passado dia 19 de
Setembro e o Diário de Notícias publicou na sua primeira página a fotografia
destes dois políticos portugueses, ambos naturais de Lisboa e ambos com o mesmo
nome.
António Costa é o
Primeiro-ministro de Portugal desde o dia 26 de Novembro de 2015 e António
Guterres é o Secretário-geral das Nações Unidas desde o dia 1 de Janeiro de
2017.
São ambos
militantes do Partido Socialista desde há muitos anos e, entre 1995 e 2002, ambos
participaram no XIII e no XIV Governos Constitucionais de Portugal que foram
pesididos por António Guterres. Tal como sucede com todos os políticos, uns
gostam e outros não gostam deles, embora ambos sejam credores do respeito dos
seus concidadãos pelos serviços que já prestaram à democracia e ao serviço
público em diversos cargos e funções nacionais e internacionais.
Os seus discursos
nas Nações Unidas impressionaram e deixaram marcas. António Guterres apelou à
paz, ao apoio aos refugiados e à negociação política como forma de resolução
dos conflitos que preocupam o mundo. António Costa cumpriu com a tradicional
reivindicação portuguesa junto das Nações Unidas, isto é, que o português seja
declarado como uma das suas línguas oficiais e que o Brasil e a Índia tenham
assento permanente no seu Conselho de Segurança.
A fotografia
publicada pelo Diário de Notícias tem, por isso, um significado histórico para
os portugueses porque regista o primeiro encontro de um Secretário-geral das
Nações Unidas português com um Primeiro-ministro português.
Espanta-me o facto de pretendermos que a língua portuguesa possa ser considerada língua oficial em instituições internacionais e ao mesmo tempo tão mal tratada cá dentro.
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