sexta-feira, 11 de março de 2022

Macau evoca Camões e ‘Os Lusíadas’

A propósito da celebração dos 450 anos da publicação d’Os Lusíadas, decorre amanhã um congresso internacional em que participam especialistas de várias partes do mundo, incluindo o território de Macau, como se pode observar na notícia da primeira página da edição de hoje do jornal Tribuna de Macau, que publica a fotografia do busto de Camões que se encontra na chamada gruta de Camões, existente no Jardim Luís de Camões em Macau.
Este jardim é um dos mais aprazíveis locais da cidade, com um luxuriante verde orlado de frondoso arvoredo e carreiros sinuosos, havendo formações rochosas e algumas peças escultóricas disseminadas pelo seu espaço. Numa das formações rochosas a que uma escadaria dá acesso, encontra-se a gruta de Camões, um importante elemento da memória e da cultura macaense de raiz portuguesa. Porém, a relação do poeta com Macau é um assunto com mais dúvidas do que certezas, porque não se conhecem documentos que esclareçam a verdade histórica, daí resultando muita imaginação e muita especulação, embora ao longo dos anos tenha prevalecido a ideia de que Camões terá vivido em Macau e terá escrito uma parte da sua obra exactamente nesta gruta.
Neste congresso haverá um discurso do sultão Hidayatullah Sjah, o rei de Ternate (que no século XVI foi a “capital portuguesa” das Molucas), estando asseguradas comunicações por académicos indonésios, macaenses, iranianos, turcos, goeses e especialistas de outras origens, que reconhecem na expansão marítima portuguesa um movimento pioneiro na globalização e no encontro de culturas. 
O que é realmente curioso é o facto de um jornal macaense escolher a fotografia do busto de Camões para ilustrar a primeira página da sua edição.

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