A enorme
rivalidade e a consequente conflitualidade existentes entre Israel e o Irão
tiveram nos últimos meses uma grande e muito preocupante aceleração, cujos
pontos mais altos terão sido o ataque ao consulado iraniano em Damasco efectuado
no dia 1 de abril por aviões israelitas F-35, a que se seguiu um ataque de
retaliação em larga escala, realizado no dia 14 de abril, em que foram lançados
cerca de três centenas de drones, mísseis de cruzeiro e mísseis balísticos iranianos
sobre território israelita. O massacre que tem sido feito aos palestinianos em
Gaza parece ter sido esquecido, bem como a exigência do fim da venda de armas a
Israel, que alguém já classificou como “a ruína moral do Ocidente”.
O mundo pediu
contenção aos dois adversários. Hoje, a edição da revista alemã Der
Spiegel publica as imagens do ayatolá Ali Khamenei e de Benjamin Netanyahu, afirmando que o conflito entre o Irão e Israel é perigoso para
o mundo e perguntando se estamos perante o início da próxima guerra mundial. Porém,
em sentido inverso, o jornal Público
destaca na sua edição de hoje que o “ataque limitado de Israel pode ser o fim
de um capítulo perigoso”.
As nossas televisões
estão inundadas de eruditos comentadores e comentadoras que nos dão todas as análises
opinativas e especulativas sobre aquele conflito, por vezes com lições de história
aprendidas apressadamente no Google,
mas parece que sabem pouco sobre o que se está a passar, como mostram as
manchetes de hoje da revista alemã e do jornal português.
O nosso voto é
que o jornal português tenha razão e que já estejamos no “fim de um capítulo
perigoso”.
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