Os espaços televisivos anunciaram ontem à noite que o Irão lançara um ataque aéreo maciço
de retaliação contra Israel, que era esperado desde o ataque israelita de 1 de
abril contra o complexo diplomático iraniano em Damasco, no qual morreram
vários oficiais iranianos. Apesar de viverem há muitos anos em clima de ameaça
e de inimizade, foi a primeira vez que o Irão atacou directamente o território
israelita, enquanto Israel já antes atacara o solo iraniano. O medo da guerra
no Médio Oriente acordou. Toda a região entrou em estado de alerta e o mundo
aumentou muito o seu grau de ansiedade e preocupação.
A imprensa
matutina ainda não dispunha de informações suficientes e independentes sobre o impacto do ataque
iraniano, mas as manchetes já apareceram com o sensacionalismo de “quem quer
vender jornais”, assim sucedendo com vários jornais como o nova-iorquino Daily
News.
Era sabido que
cerca de três centenas de mísseis e de drones
tinham sobrevoado o Iraque, a Síria e a Jordânia, mas na sua grande maioria, ou
cerca de 99%, terão sido neutralizados pelas forças israelitas, com a ajuda
americana e inglesa. Entretanto, as autoridades iranianas declararam que a
operação militar contra Israel “foi concluída”, mas que se houver resposta
israelita a este ataque “a próxima operação será muito maior” e, ao mesmo
tempo, avisaram os Estados Unidos que as suas bases militares na região serão
um alvo iraniano, no caso de virem a cooperar em eventuais acções ofensivas
israelitas.
Em Israel
desvalorizam-se os efeitos do ataque e afirma-se que quase tudo foi abatido,
enquanto o Irão se mostra satisfeito com a retaliação que realizou. Não sabemos a verdade, mas desejamos que haja
contenção das partes e que a Diplomacia lhes possa mostrar que é melhor pararem…
O facto é que a
iniciativa iraniana pode gerar uma escalada perigosíssima. Por isso, foi
condenada, sobretudo pelos Estados Unidos e pelos seus amigos e aliados que, mais uma vez,
têm dois pesos e duas medidas, pois condenam o Irão por esta acção, mas ainda não condenaram Israel pelos seus excessos e as suas repetidas agressões, além de lhe continuar a fornecer
equipamento militar.
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