A decisão do
presidente americano de retirar os Estados Unidos do acordo sobre o nuclear
iraniano e de transferir a embaixada americana de Tel-Aviv para Jerusalém,
acelerou a espiral de confrontação no Médio Oriente, deteriorou a relação
transatlântica e está a pôr em causa a anunciada cimeira com Kim Jong-un.
Na edição agora
posta a circular, o Courrier International analisa a situação criada e dedica a capa ao
Donald que classifica como le dynamiteur.
De resto, são cada vez mais as grandes revistas internacionais que caricaturam
o Donald e as suas constantes ameaças à paz, por paranóica obcessão ou por
entender que o seu slogan America first
se cumpre com os incêndios que vai ateando.
A política
externa de Barack Obama é posta em causa todos os dias e agora, certamente por
pressão de Israel, o Donald decidiu virar-se para o Irão e para o seu
expansionismo regional, mas também para o Hezbollah e o Hamas, os históricos
inimigos de Israel. Por agora, o Donald ainda não se envolveu directamente, mas
já tratou de apoiar os falcões de Israel, inclusive usando o seu direito de
veto no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
A situação é
preocupante e o que se espera, como aqui já foi escrito, é que os políticos
europeus se saibam distanciar do Donald e façam tudo para evitar o agravamento
da tensão no Médio Oriente.
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