A
primeira-ministra britânica Theresa May deverá apresentar amanhã no Parlamento
uma nova proposta de acordo para o Brexit, mas mesmo que essa proposta venha a
ser aprovada, não é seguro que a União Europeia aceite qualquer alteração ao
acordo que já tinha sido alcançado. Por isso, são cada vez mais as vozes que
acusam Theresa May de teimosia e que clamam por outras soluções.
Os escoceses são quem mais se opõe ao Brexit. No referendo de
2016 já tinha havido 62% de votos escoceses contra o Brexit, pelo que a contestação
aos planos de Theresa May está em linha com a votação de 2016, enquanto o
bicentenário jornal The Herald, que se publica em Glasgow, envia hoje uma clara mensagem
a Theresa May: stop this now.
Nesta edição, o
jornal inclui entrevistas a várias personalidades políticas, empresariais e académicas a que chamou a Escócia cívica,
tendo concluído que o Brexit deve ser adiado e que deve ser evitado o caos que
será uma saída em finais de Março sem acordo, que seria desastroso para a
economia e para a sociedade escocesas.
Os entrevistados
acusam a primeira-ministra de, em dois anos e meio, não ter sido capaz de fazer
um acordo satisfatório e de ter lançado o Reino Unido numa grande incerteza,
afirmando que é preciso parar o relógio, isto é, pedir à União Europeia a
extensão do artigo 50 do Tratado de Lisboa - que regula os procedimentos a que deve obedecer o estado-membro que tenha a intenção de abandonar a União Europeia - e voltar a dar a palavra aos eleitores britânicos.
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