Um cromo topo de gama, cuja meteórica carreira o levou da caixa de uma agência bancária em Mogadouro, até à administração da Caixa. Encaixou-me a preceito e, na capital, passou pela política até chegar ao capital.
Entrou na política muito cedo e por vocação. Nunca fez outra coisa. Alimentou-se da política. Subiu a escada do sucesso político. Aos 30 anos foi deputado e vice-presidente do seu grupo parlamentar. Depois foi Secretário de Estado e chegou a Ministro. Deslumbrou-se e meteu-se em sarilhos. Teve que se demitir devido a alegadas irregularidades cometidas pela Fundação para a Prevenção e Segurança, que fundara em 1999, mas foi quando abandonou o seu cargo político que viu a sua vida financeira prosperar.
Em Chelas carimbou uma rápida licenciatura, na versão simplex. E progrediu socialmente. No Alentejo comprou uma confortável casinha. E progrediu economicamente.
Já licenciado com um canudo em Relações Internacionais, voltou à Caixa que muito carecia da experiência e do saber do seu antigo caixa. Se como caixa tinha enfrentado a clientela, com a entrada na Caixa passou a fazer parte da clientela.
Saiu com uma licença sem vencimento e com uma promoção ao mais nível. Foi para o BCP, o que lhe rendeu muito mais dinheiro em salários e indemnizações, além de lhe engordar o tempo de reforma. Voltou a meter-se em sarilhos. Emigrou e agora dedica-se aos cimentos.
Tem feito muita coisa ao longo da vida, com muitos tachos, amigos, habilidades, espertezas e falcatruas. Soube sempre encaixar-se muito bem!
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