O diário desportivo espanhol as divulgou recentemente uma pesquisa jornalística conduzida por Aritz Gabilondo, que conclui que a Espanha será a selecção que menos pagará por noite de hotel de entre todas as que participarão no Europeu de Futebol, que se disputará no próximo mês de Junho na Polónia e Ucrânia.
As selecções que menos gastarão diariamente para alojar cerca de quarenta pessoas, incluindo jogadores, técnicos, directores e outros membros da delegação, são a Espanha (4.700 euros), a Dinamarca (7.400 euros), a Croácia (8.300 euros) e a Itália (10.500 euros).
No outro extremo desta relação encontram-se a Irlanda (23.000 euros), a Polónia (24.000 euros), a Rússia (30.400 euros) e Portugal (33.174 euros), que são as delegações que mais pagarão diariamente para alojar as suas delegações.
Embora com as limitações que este trabalho do diário espanhol possa ter, a serem verdadeiras as suas conclusões, verifica-se que a delegação portuguesa é aquela que mais vai pagar pelo seu alojamento num hotel em Opalenica, na Polónia.
Se os números divulgados são correctos, então a despesa diária de cada elemento da delegação portuguesa será de quase mil euros. Parece inacreditável como foi possível escolher um hotel por este preço, mesmo que responda às possíveis necessidades desportivas dos futebolistas. Sete vezes mais caro do que o hotel escolhido pelos campeões do mundo e da Europa!
É desproporcionado. É um exagero. É o deslumbramento total.
Num ano em que estamos confrontados com dificuldades, com mais impostos, mais desemprego, aumento do custo de vida e com os assalariados e os pensionistas a não receberem o 13º e o 14º meses, este despesismo novo-riquista da Federação Portuguesa de Futebol deixa-nos perplexos e desconfiados.
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