A Caixa Geral de Depósitos divulgou o seu relatório de 2011 sobre o governo do banco, no qual revela os seus principais elementos de gestão e os seus custos e, neste aspecto, a administração distingue-se pela voracidade com que se abona. Poderia esperar-se mais contenção no banco do Estado, mas aquela gente julga-se protegida pelas muralhas de um castelo feudal, deixando que os sacrifícios fiquem para os seus servos. E acumula lugares e lugares. Negócios e negócios privados. Parece a Idade Média! De facto, no mandato que iniciaram a 23 de Julho de 2011, os oito membros da administração da CGD, só em remunerações receberam 713 mil euros, mais quase 51 mil euros em gastos com comunicações móveis, mais cerca de 7.500 euros em subsídio de refeição e mais 131.305 euros relativos ao regime de protecção social, isto é, contribuições para a Segurança Social e para o fundo de pensões do banco. Tudo somado, a administração da CGD representou um custo de 903 mil euros em seis meses. Porém, naqueles custos não estão incluídos os custos correspondentes aos automóveis e aos motoristas. Também nesse aspecto se poderia esperar mais contenção no banco do Estado, mas aquela gente não prescinde de viaturas topo de gama, custando quase cem mil euros cada uma - Mercedes S320, Mercedes E350, BMW 535, Audi A7 e Audi A6.
Supostamente, não há ilegalidade nestes comportamentos de novo-riquismo que vêm do tempo das “vacas gordas”. Porém, na grave situação social que atravessamos e que a CGD bem conhece, tudo isto é altamente censurável. É uma pouca vergonha. Haja mais contenção na CGD!
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