O
numeroso grupo de países europeus que está a passar por grandes dificuldades foi
agora aumentado com a França, que era um dos motores da economia europeia. A França entrou tecnicamente em recessão, ou seja, o seu produto
interno bruto caiu pelo segundo trimestre consecutivo e tornou-se o 11º
país da zona euro a entrar em recessão, com todos os indicadores económicos a
entrar no vermelho: consumo (-0,4), poder de compra (-0,9), crescimento (-0,2),
produção (-2,2), investimento (-1,2) e exportações (-0,5), enquanto o
desemprego se aproxima dos 11,0%. O centenário jornal francês L’Humanité dá o alarme e avisa:
austerité = récession.
A zona
euro está a viver a mais longa recessão da sua história, tem mais de 19 milhões
de desempregados e os dados preliminares agora revelados pelo Eurostat são
piores do que se previa. No caso português, a economia contraiu 3,9% em termos
anuais, que é superior ao que era previsto e que é uma quebra só superada pelas
da Grécia e do Chipre.
As opiniões
convergem num ponto: a situação europeia é o resultado das políticas de
austeridade e não são de esperar melhorias significativas nos próximos meses,
devido à escassez da procura interna, ao desemprego, à diminuição das
exportações e, de uma forma geral, às medidas de austeridade. O relançamento do
crescimento económico e a luta contra o desemprego tornaram-se agora mais
evidentes e mais urgentes para a zona euro e, naturalmente, para Portugal.
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