Fidel
de Castro morreu ontem com 90 anos de idade e a sua morte foi noticiada em todo
o mundo de uma forma pouco habitual, pois a sua fotografia encheu as primeiras
páginas de muitas dezenas de jornais da Europa e da América Latina, mas também
nos Estados Unidos como sucedeu com o diário nova-iorquino Daily News.
A imprensa chamou-lhe líder histórico, último revolucionário e ícone do século XX, mas também ditador e tirano. A sua morte foi celebrada por uns, mas foi chorada por muitos mais, alguns com sentidas lágrimas de dor e, outros, com lágrimas de circunstância ou lágrimas de crocodilo.
A imprensa chamou-lhe líder histórico, último revolucionário e ícone do século XX, mas também ditador e tirano. A sua morte foi celebrada por uns, mas foi chorada por muitos mais, alguns com sentidas lágrimas de dor e, outros, com lágrimas de circunstância ou lágrimas de crocodilo.
Nascido
em 1926 e licenciado em Direito pela Universidade de Havana, comandou no dia 26
de Julho de 1953, com apenas 26 anos de idade, o assalto de 165 homens o
assalto ao quartel Moncada, em Santiago de Cuba, numa tentativa para derrubar o
governo do ditador Fulgêncio Baptista. A maioria dos assaltantes foi morta e
Fidel de Castro foi preso. Tendo assumido pessoalmente a sua defesa no
julgamento, terminou o seu depoimento com a frase “a história me absolverá”. Depois de libertado exilou-se
no México mas dois anos depois regressou a Cuba a
bordo do iate Granma com 82 homens, incluindo
Che Guevara, Camilo Cienfuegos e Raul de Castro, tendo desembarcado na ponta
oriental da ilha no dia 2 de Dezembro de 1956. Dirigiu depois a luta contra o
regime cubano a partir da Sierra Maestra e, no dia 8 de Janeiro de 1959, a revolução cubana
triunfara. Fidel de Castro entrou em Havana e o ditador Baptista deixou o país.
Tinha apenas 32 anos de idade! A sua epopeia guerrilheira foi saudada pelos jovens de todo o mundo.
Durante
mais de 50 anos El Comandante “mandou” em Cuba, promovendo grandes avanços
sociais e resistindo a várias tentativas de assassinato, ao bloqueio económico
americano e às pressões contra-revolucionárias. Como ele próprio profetizou no
julgamento de Moncada, a história o absolverá, ou não, mas certamente que lhe
guarda um lugar de destaque como um símbolo de um sonho revolucionário e de um
homem controverso que dividiu o mundo entre paixões e ódios.
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