António
Guterres, cidadão português nascido em Lisboa em 1967 e antigo
Primeiro-Ministro de Portugal, fez ontem em Nova Iorque o juramento sobre a
Carta das Nações Unidas e perante a respectiva Assembleia Geral, tornando-se,
oficialmente, o 9º secretário-geral das Nações Unidas, que vai iniciar o seu
mandato de cinco anos no dia 1 de Janeiro de 2017.
Com a solenidade própria do momento, disse:
“Eu, António Guterres, declaro solenemente e
prometo exercer em total lealdade, discrição e consciência as funções que me
são confiadas enquanto servidor público das Nações Unidas, exercer estas
funções e pautar a minha conduta apenas tendo em mente os interesses das Nações
Unidas, e não procurar ou aceitar, no que respeita às minhas responsabilidades,
instruções de qualquer Governo ou outra organização”.
Depois, António Guterres falou e o seu primeiro
discurso foi notável, ao defender como uma das prioridades do seu mandato a
necessidade de mudar e reformar internamente a organização que vai dirigir. “É
chegada a altura de as Nações Unidas reconhecerem as suas insuficiências e
alterar o que precisa de ser alterado. Chegou a hora da ONU mudar”. Alertou
também para a necessidade de se desanuviar o ambiente internacional e disse que
“é altura de trabalhar com os líderes e é tempo de reconstruir a relação entre
os cidadãos e os líderes mundiais”.
Contrariamente ao que seria de esperar, poucos
jornais destacaram o juramento de António Guterres, a mostrar o descrédito por
que passa a ONU e a irrelevância de dez anos de gestão de Ban Ki-moon. O Diário
de Notícias foi uma das raras excepções a homenagear o homem de quem o
seu amigo Vitor Melícias disse ser "uma
espécie de papa Francisco civil". O mundo espera que se cumpram as palavras e se concretizem as intenções com
que Guterres concluiu o seu discurso:
"Farei o meu melhor para servir a nossa humanidade". Que a sorte o acompanhe.
"Farei o meu melhor para servir a nossa humanidade". Que a sorte o acompanhe.
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