Mais
de oito centenas de imigrantes subsaharianos assaltaram ontem a vala
fronteiriça que separa a cidade autónoma
espanhola de Ceuta do território de Marrocos, tendo 438 deles logrado o seu
objectivo de entrar em território espanhol. Esta avalancha humana foi a maior
que se registou nas últimas décadas e ocorreu às primeiras horas do dia em
vários pontos do perímetro fronteiriço. As autoridades foram apanhadas de
surpresa e foram incapazes de impedir a acção dos subsaharianos que usaram
tesouras corta-fios para cortar as redes de segurança, mas também paus e pedras
para atacar os guardas fronteiriços. Como resultado desta acção, o Hospital
Universitário atendeu cerca de cinco dezenas de feridos subsaharianos em resultado
de cortes e de quedas, mas também alguns polícias feridos por pedras.
Desde
Março de 2014, quando cerca de cinco centenas de subsaharianos entraram em
Melilla, que a situação nas fronteiras espanholas parecia controlada pelas
autoridades espanholas. Porém, no passado dia 31 de Outubro entraram em Ceuta
cerca de 250 indivíduos e agora mais 438, tendo em ambas as situações utilizado
um novo “modus operandi” para atravessar a rede fronteiriça, isto é, já não
procuram saltar a rede fronteiriça porque é arriscado e inseguro, mas antes procuram atravessá-la depois de nela serem feitas aberturas com tesouras corta-fios.
A
edição de hoje do jornal El Faro de Ceuta relata o
acontecimento e dá notícia da grande preocupação das autoridades espanholas por
reaparição deste fenómeno.
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