domingo, 28 de maio de 2017

Uma imagem vale mais que mil palavras

Na sua mais recente edição a revista The Economist lança um oportuno aviso sobre os oceanos e a sua sustentabilidade, recorrendo a uma expressiva ilustração na sua capa que nos evoca os inúmeros impactos ambientais nocivos para a fauna marítima, que têm conduzido muitos ecosistemas marinhos e costeiros em direcção ao colapso.
O conteúdo da revista é de grande interesse pedagógico pois alerta para os riscos que estão a ameaçar os oceanos e, em certa medida, o futuro da Humanidade, escrevendo que os oceanos sustentam o nosso planeta e a Humanidade, mas que a Humanidade despreza os oceanos. De facto, convergem nos oceanos demasiados comportamentos condenáveis como o despejo de resíduos sólidos poluentes e contaminantes produzidos por algumas indústrias, a pesca excessiva ou predatória, a destruição de áreas costeiras devido à especulação imobiliária e, ainda, os grandes acidentes marítimos resultantes da indústria petrolífera.
O desenvolvimento económico que à escala global se verificou no século XX, não tratou de proteger os oceanos e, em meados desse século, já havia quem afirmasse que os oceanos poderiam conter mais plástico do que peixe. Essa quase profecia não tem qualquer fundamento científico, mas não há dúvida que os oceanos estão ameaçados e que as alterações climáticas que se estão a verificar no planeta estão relacionadas com as alterações que estão a ocorrer nos oceanos.
Os oceanos cobrem quase três quartos do planeta e, para além do seu contributo para a regulação climática, também asseguram a proteína alimentar de que necessitam muitos milhões de pessoas.
As medidas para a preservação dos oceanos são muito urgentes e têm que ser o resultado de melhores comportamentos individuais e colectivos e, sobretudo, da acção dos governos. Um importante passo dado nesse sentido foi o Acordo de Paris, assinado em Abril de 2016 por 175 países, que determina o combate aos efeitos das mudanças climáticas no meio ambiente para tornar o nosso planeta mais sustentável. Foi um grande passo, embora tenhamos agora o Donald a bloquear o que antes foi acordado pelo Barack.
A edição do The Economist presta um serviço a uma grande causa, o que já é pouco habitual nos tempos que correm.

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