Estava prevista
para a próxima segunda-feira, quando estivessem a esgotar-se os últimos episódios
do Mundial de Futebol com festa em Paris ou em Zabreg, a apresentação em Turim de
um novo jogador da Juventus Football Club: Cristiano Ronaldo. Foi isso que
anunciou hoje La Gazzetta dello Sport, ao referir uma verdadeira presentazione show con CR7.
Porém, a
mega-apresentação que estava a ser preparada com contornos hollywoodescos foi
suspensa, segundo uns devido a dificuldades logísticas e de segurança na
preparação de uma festa grandiosa e, segundo outros, apenas para não agravar os
problemas causados pela greve de protesto que foi desencadeada pelos sindicatos
da FIAT.
A transferência
de Cristiano Ronaldo do futebol espanhol para o futebol italiano é um
acontecimento inesperado que encheu as primeiras páginas de muitos jornais,
sobretudo em Espanha e na Itália. Depois de nove anos no Real Madrid onde se
tornou um ídolo e uma referência, é caso para perguntar porquê esta transferência
de um jogador com 33 anos de idade pelo qual foram pagos ao Real Madrid mais de
uma centena de milhões de euros e vão ser pagos ao jogador todos os anos,
contratualmente, 30 milhões de euros. A resposta é simples: é uma grande operação
de marketing que visa mobilizar a Juventus e os seus adeptos, potenciar novos
negócios de publicidade e merchandising e, em última análise, transferir de
Espanha para a Itália alguns dos centros de interesse do futebol mundial. Com
Ronaldo em Turim, a Itália vai esquecer-se que nem sequer esteve no Mundial da
Rússia e o mundo vai deixar de pensar que futebol é apenas Real Madrid e
Barcelona ou o United e o City de Manchester. Ronaldo vai esquecer o fisco espanhol e, mais do que os golos que vai
marcar, a Juventus comprou a marca Ronaldo porque precisa dela para se reerguer
e para reerguer o futebol italiano no contexto do futebol mundial.
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