Para além dos
aspectos religiosos que são um problema do foro íntimo de cada ser humano e
que, portanto, não são aqui tratados, a Igreja Católica Apostólica Romana é também
uma organização milenar e planetária cuja autoridade suprema é o Papa, Bispo de
Roma e sucessor do apóstolo Pedro. A comunidade católica conta com mais de mil
milhões de crentes em todo o mundo, que representam cerca de um sexto da
população mundial e daí a sua importância.
Ao longo do processo
histórico a Igreja Católica tem dado um enorme contributo para o progresso da
Humanidade através das suas missões, das suas escolas e dos seus padres e
missionários, mas sem nunca ter estado isenta de crises e de cismas. Porém, nos
tempos modernos, a Igreja tem procurado adaptar-se aos novos tempos, para uns
de forma muito tímida e para outros de forma muito avançada. Aí começam os
problemas em que se confrontam as
correntes progressistas e as correntes ultra-conservadoras da Igreja, em que as
questões do património, da gestão financeira ou do comportamento do clero se
transformam em grandes polémicas.
A Igreja Católica,
tal como a cidade-estado do Vaticano, são governadas desde o dia 13 de Março de
2013, por Jorge Mario Bergoglio, o bispo argentino que, após a renúncia do Papa
Bento XVI, foi escolhido pelos cardeais reunidos em conclave para o substituir e que
adoptou o nome de Papa Francisco. Tem sido sobre esse homem, que procura gerir
com equilíbrio as diferentes sensibilidades e até as tradições culturais, teológicas
e litúrgicas da Igreja Católica, que pesa o desafio de procurar restituir a
confiança nos católicos feridos pelos escândalos do clero e de levar à aceitação
de uma Igreja missionária, mais próxima dos pobres e dos mais necessitados.
O Courrier
International trata hoje deste assunto e a sua capa é bem sugestiva e fala por si.
Sem comentários:
Enviar um comentário