sábado, 6 de outubro de 2018

Há corvos e abutres a cercar o Vaticano

Para além dos aspectos religiosos que são um problema do foro íntimo de cada ser humano e que, portanto, não são aqui tratados, a Igreja Católica Apostólica Romana é também uma organização milenar e planetária cuja autoridade suprema é o Papa, Bispo de Roma e sucessor do apóstolo Pedro. A comunidade católica conta com mais de mil milhões de crentes em todo o mundo, que representam cerca de um sexto da população mundial e daí a sua importância.
Ao longo do processo histórico a Igreja Católica tem dado um enorme contributo para o progresso da Humanidade através das suas missões, das suas escolas e dos seus padres e missionários, mas sem nunca ter estado isenta de crises e de cismas. Porém, nos tempos modernos, a Igreja tem procurado adaptar-se aos novos tempos, para uns de forma muito tímida e para outros de forma muito avançada. Aí começam os problemas em que  se confrontam as correntes progressistas e as correntes ultra-conservadoras da Igreja, em que as questões do património, da gestão financeira ou do comportamento do clero se transformam em grandes polémicas.
A Igreja Católica, tal como a cidade-estado do Vaticano, são governadas desde o dia 13 de Março de 2013, por Jorge Mario Bergoglio, o bispo argentino que, após a renúncia do Papa Bento XVI, foi escolhido pelos cardeais reunidos em conclave para o substituir e que adoptou o nome de Papa Francisco. Tem sido sobre esse homem, que procura gerir com equilíbrio as diferentes sensibilidades e até as tradições culturais, teológicas e litúrgicas da Igreja Católica, que pesa o desafio de procurar restituir a confiança nos católicos feridos pelos escândalos do clero e de levar à aceitação de uma Igreja missionária, mais próxima dos pobres e dos mais necessitados.
O Courrier International trata hoje deste assunto e a sua capa é bem sugestiva e fala por si.

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