Uma das grandes
transformações sociais dos últimos tempos está a ser a generalização dos smartphones, que está a dar origem ao
aparecimento de um novo tipo de criatura que não vê, não escuta e não lê, mas
que se limita a usar aquela pequena maquineta. Huawei, Samsung, Apple, Wiko e
Nokia dominam o mercado e cada um destes nomes tem os seus seguidores pois
que, tal como acontece com o automóvel e com os produtos de luxo, a marca e o
modelo do smartphone também conferem status entre os jovens e os adolescentes
O smartphone entrou no quotidiano de
quem o tem e de quem não o tem. Entramos no transporte público e toda a gente o
devora, indiferente ao que o rodeia, uns para verem as notícias, outros para
ouvirem música ou para fazerem jogos e, outros, ainda, para falarem pelo Skype
ou pelo WhatsApp. O smartphone selecciona percursos, escolhe as estradas, gere
as contas bancárias, escolhe restaurantes, leva-nos às lojas e reserva-nos os
bilhetes. Faz quase tudo. Estamos perante uma smartmania que já se transformou num verdadeiro choque
civilizacional, em que se está a perder a conversação em família que era a base
da educação e, entre os amigos, que era o fundamento da sociabilidade e da
solidariedade. Estamos, portanto, a entrar num novo mundo habitado por criaturas
que, embora derivem do homo sapiens já
não são aquilo que tinham sido os seus avós.
A revista alemã Der
Spiegel foi estudar este assunto e com o título “O meu filho, o celular
dele eu”, procurou encontrar caminhos para lidar com a geração-smartphone. O smartphone tornou-se uma espécie de segundo cérebro para muitos
adolescentes e eles não conseguem
imaginar a sua vida sem eles e sem a necessária cobertura de rede da internet.
O estudo começou por verificar que os jovens levam em
média o smartphone na mão 98 vezes
por dia e que o chegam a utilizar 90 vezes. É realmente um mundo novo este dos smartphones.
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