sábado, 6 de outubro de 2018

O novo mundo dos smartphones

Uma das grandes transformações sociais dos últimos tempos está a ser a generalização dos smartphones, que está a dar origem ao aparecimento de um novo tipo de criatura que não vê, não escuta e não lê, mas que se limita a usar aquela pequena maquineta. Huawei, Samsung, Apple, Wiko e Nokia dominam o mercado e cada um destes nomes tem os seus seguidores pois que, tal como acontece com o automóvel e com os produtos de luxo, a marca e o modelo do smartphone também conferem status entre os jovens e os adolescentes
O smartphone entrou no quotidiano de quem o tem e de quem não o tem. Entramos no transporte público e toda a gente o devora, indiferente ao que o rodeia, uns para verem as notícias, outros para ouvirem música ou para fazerem jogos e, outros, ainda, para falarem pelo Skype ou pelo WhatsApp. O smartphone selecciona percursos, escolhe as estradas, gere as contas bancárias, escolhe restaurantes, leva-nos às lojas e reserva-nos os bilhetes. Faz quase tudo. Estamos perante uma smartmania que já se transformou num verdadeiro choque civilizacional, em que se está a perder a conversação em família que era a base da educação e, entre os amigos, que era o fundamento da sociabilidade e da solidariedade. Estamos, portanto, a entrar num novo mundo habitado por criaturas que, embora derivem do homo sapiens já não são aquilo que tinham sido os seus avós.
A revista alemã Der Spiegel foi estudar este assunto e com o título “O meu filho, o celular dele eu”, procurou encontrar caminhos para lidar com a geração-smartphone. O smartphone tornou-se uma espécie de segundo cérebro para muitos adolescentes e eles não conseguem imaginar a sua vida sem eles e sem a necessária cobertura de rede da internet. O estudo começou por verificar que os jovens levam em média o smartphone na mão 98 vezes por dia e que o chegam a utilizar 90 vezes. É realmente um mundo novo este dos smartphones.

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