segunda-feira, 15 de julho de 2019

Os portugueses são campeões do mundo

O desporto é um dos fenómenos sociais mais relevantes do nosso tempo, embora esteja cada vez mais dominado por interesses diversos, alguns deles bem perversos. Porém, o que é inquestionável é a riqueza estética do espectáculo desportivo e as emoções que suscita, muitas delas traduzidas em rivalidades e em hostilidades condenáveis, mas outras bem positivas. Foi o que sucedeu ontem em Barcelona com a vitória portuguesa no Campeonato do Mundo de hóquei em patins, depois de 16 anos de interregno e de seis vitórias espanholas nos últimos sete campeonatos, que gerou uma enorme alegria nas bancadas onde se encontravam muitos portugueses e que as televisões não se cansaram de enaltecer em todos os noticiários. Depois de ter defrontado as equipas da Colômbia, do Chile e da Argentina na primeira fase, a equipa portuguesa encontrou as poderosas equipas da Itália e da Espanha nas fases seguintes e chegou à final, onde reencontrou a Argentina. Tal como acontecera na primeira fase, o resultado foi um empate, mas no desempate por grandes penalidades conseguiu o triunfo que constitui o seu 16º título mundial. Segundo refere toda a imprensa o artífice principal deste triunfo foi o guarda-redes Ângelo Girão que parece ter uma especial habilidade para defender grandes penalidades.
Portugal tem agora 16 vitórias nos 44 campeonatos mundiais já disputados, enquanto a Espanha tem 17, a Argentina 5, a Itália 4 e a Inglaterra 2, mas a selecção portuguesa é a que mais vezes subiu ao pódio: 44 vezes.
O prestígio de Portugal no mundo mede-se pela qualidade da sua democracia, pela sua estabilidade social, pelo seu desenvolvimento económico, pela sua riqueza cultural, pela aposta na ciência, pelos seus combates contra a desigualdade e a pobreza, pela protecção do ambiente e da paisagem, pelo valor do seu património arquitectónico e por muitos outros indicadores, mas também pelos êxitos desportivos das suas equipas e dos seus atletas. Ontem, em Barcelona foi apenas mais um, embora o título do jornal A Bola seja um notório exagero, quase a roçar o ridículo.

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